Depressão

Depressão

Segundo a Classificação Internacional de Doenças ou CID 10, a depressão é uma doença psiquiátrica crônica que envolve o corpo, os pensamentos e os comportamentos que tem como sintomas, a perda de interesse, tristeza, falta de ânimo, alterações de humor e aumento ou falta de apetite, sendo facilmente confundida com ansiedade, podendo apresentar também pensamentos suicidas.​

 

Facilmente confundida com uma tristeza passageira, a depressão é um conjunto de sentimentos e reações com duração de no mínimo seis meses mesmo sem causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo.​

 

Diante das adversidades da vida, os indivíduos que não sofrem com a doença ficam tristes e até mesmo extremamente desanimados, mas encontram uma forma de superar e conseguem manter a rotina e a vida social, já em indivíduos diagnosticados essa superação se torna muito difícil e os sintomas necessitam de acompanhamento médico e psicológico.​

 

A psicologia vem como auxiliar na retomada das atividades, uma vez que o paciente perde o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore e ela volte a se sentir bem.​

 

Tipos de depressão​

Como na maioria dos transtornos psicológicos, existem variações do quadro dependendo dos sintomas, a depressão não foge a regra. Existem alguns tipos e graus da doença e nem sempre são fáceis de identificar.​

 

Isso porque ela não se manifesta sempre do mesmo jeito, com sintomas padronizados, por isso hoje existem diferentes nomenclaturas e cada uma pode afetar o humor e produtividade de diversas e inesperadas maneiras.​

 

Depressão clássica (ou transtorno depressivo maior)​

É a manifestação mais clássica da doença e tem como principais sintomas: humor muito deprimido, pouco interesse em atividades antes consideradas prazerosas, problemas no sono, alterações no apetite ou no peso, perda de atenção, comprometimento de tarefas rotineiras, sensação de vazio,​ de inutilidade e fracasso. Pensamentos de morte ou suicídio também podem ocorrer.​

 

Existem casos onde a higiene pessoal também pode ficar prejudicada.​

 

Transtorno depressivo persistente​

Falta de força e de vontade, baixa autoestima, falta de esperança, alterações no peso ou apetite são alguns dos sinais comuns em quem tem o transtorno depressivo persistente.​Diferente do transtorno depressivo maior, os sintomas não são tão intensos, mas se instalam por pelo menos dois anos e não vão embora facilmente, trazendo sofrimento ao paciente e a família.​

 

Pode ser mais difícil de identificado, muitas vezes amigos próximos atribuem os sintomas á personalidade do individuo. ​

 

Transtorno disfórico pré-menstrual e depressão perinatal​​

Esses são transtornos depressivos com exclusividade do sexo feminino e que podem acontecer antes do período menstrual ou durante a gestação.​

 

No caso da disforia pré-menstrual, os sintomas da TPM são exacerbados impedindo que a mulher realize as tarefas do dia a dia e, além de psiquiátrico, o tratamento também pode incluir hormônios. Já na depressão perinatal a condição também é grave e pode afetar a relação da mulher com o bebê e, por consequência, o funcionamento de toda a família. Esse acúmulo de sentimentos é resultado de alterações biológicas e psicológicas provocadas pela nova situação.​

 

Depressão sazonal​

Esse transtorno tem como principal variável o clima ou a época do ano, é muito comum em países frios ou que não tem incidência de luz solar as pessoas se sentirem mais deprimidas.​

Épocas festivas como o final do ano também são um período em que estas depressões ocorrem bastante, devido ao período de reflexão.​Existem outros transtornos que incluem a depressão em seu diagnóstico como sintoma, por isso a importância do profissional ter cautela e cuidado na hora de conversar com o paciente sobre seu tratamento.​

 

Tratamento​

A depressão pode ser uma doença silenciosa e nada óbvia. Por isso, um médico é fundamental para diagnosticar e recomendar tratamento mais adequado, como a​ terapia, ou tratamento medicamentoso em alguns casos.​

A família tem um papel importantíssimo no reconhecimento dos sintomas e no encorajamento para uma melhor forma de intervenção, sendo ela medicamentosa ou psicoterapêutica. Além disso, é de extrema importância que seja montada uma rotina saudável de atividades, alimentação adequada, exercícios físicos e momentos de lazer, para aliviar sintomas físicos e estimular o prazer.​

É sempre importante ter em mente que o diagnóstico é o primeiro passo para que o tratamento adequado se inicie e que, a partir dele, o paciente pode procurar formas de melhorar e de lutar contra a doença, se cuidando e avançando para ser feliz.

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