Bipolaridade

Bipolaridade

O transtorno afetivo bipolar (TAB), também chamado de bipolaridade, é um distúrbio mental caracterizado por episódios alternados de depressão, euforia (mania ou hipomania) e períodos assintomáticos. Na maioria das vezes, essa alteração de humor e comportamento é repentina, podendo afetar negativamente na vida social e pessoal de quem sofre com esse transtorno.

 

A bipolaridade vai muito além de uma simples mudança de humor. Com a rotina acelerada do nosso dia a dia, é normal sentir alegria na parte da manhã e tristeza à noite, por exemplo. No entanto, em pessoas com transtorno bipolar isso é ainda mais intenso. Os episódios de depressão ou euforia permanecem por um período muito maior, podendo durar meses.

 

Na fase depressiva, a pessoa com bipolaridade pode sentir os mesmos sintomas da depressão unipolar, como tristeza profunda e perda de interesse em suas atividades. Alternando para a fase de euforia, o indivíduo é tomado por pensamentos acelerados, ideias de grandeza e uma felicidade fora do normal, até mesmo em momentos considerados tristes.

 

A causa exata da bipolaridade ainda é desconhecida, mas acredita-se que esse transtorno esteja relacionado à predisposição genética e alterações em determinadas áreas do cérebro. O acompanhamento psicológico é essencial para o diagnóstico correto e tratamento da doença.

 

Tipos de Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar se desenvolve de forma diferente em cada paciente. Portanto, não existe um consenso sobre os tipos da doença. Alguns autores e profissionais da saúde diferenciam o transtorno bipolar por subtipos, outros usam o conceito mais recente chamado de “espectro bipolar”, que amplia a sua definição. A divisão de subtipos mais comum é:

 

  • Transtorno Bipolar Tipo I: apresenta episódios clássicos de mania, como humor mais expansivo, felicidade extrema e irritabilidade. Além disso, pode apresentar alucinações e delírios;
  • Transtorno Bipolar Tipo II: apresenta episódios de hipomania — forma mais branda da mania. Nesses casos, a depressão pode ser mais profunda e o diagnóstico mais difícil, por ser confundido com outros transtornos.

 

Sintomas da Bipolaridade

O fator mais preocupante do transtorno de bipolaridade é o alto risco de suicídio. Segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, cerca de 30% a 50% dos pacientes portadores da doença tentam tirar a própria vida.

 

A gravidade e a durabilidade dos sintomas do transtorno bipolar variam de pessoa para pessoa, sendo que os episódios podem durar dias e até meses, alternando com períodos assintomáticos. Os principais sinais e sintomas da bipolaridade podem ser divididos em dois grupos:

 

Sintomas Depressivos

O episódio depressivo é caracterizado por uma queda de energia e tristeza profunda sem motivo aparente. Por ter os mesmos sintomas de outros distúrbios, para ser considerado transtorno bipolar é necessário que a pessoa tenha também episódios de mania. Os sintomas depressivos são:

  • Tristeza Profunda;
  • Desinteresse em realizar as atividades que eram prazerosas;
  • Isolamento social;
  • Cansaço;
  • Pensamentos suicidas;
  • Culpa excessiva;
  • Aumento ou diminuição do apetite.

 

Sintomas Maníacos

Um dos primeiros indícios de que o paciente está em um episódio de mania é a alteração abrupta em seu comportamento. Entre os principais sintomas podemos citar:

  • Humor expansivo e anormal;
  • Irritabilidade
  • Aumento da libido;
  • Atitudes compulsivas;
  • Autoestima elevada;
  • Ideias de grandeza;
  • Psicose.

 

Diagnóstico

O diagnóstico da bipolaridade é feito a partir da identificação dos sinais e sintomas da mania e hipomania. Infelizmente, é comum que os pacientes não relatem esses sintomas por serem interpretados como traços da sua personalidade. Por essa razão, muitas pessoas que sofrem de transtorno bipolar não reconhecem que têm a condição e acabam não procurando ajuda.

 

A família é um dos pilares mais importantes na hora da investigação do transtorno. Além de apoiar nos momentos difíceis e procurar entender a doença, os familiares devem estar atentos aos sintomas para fornecer informações relevantes para o diagnóstico do transtorno bipolar.

 

Procurar ajuda psicológica é um sinal de coragem e maturidade, sendo o primeiro passo para um tratamento adequado. Combinada com os medicamentos indicados pelo médico e mudanças no estilo de vida, a psicoterapia é essencial para a melhora do quadro. Com isso, é possível controlar sintomas de oscilação do humor, aprender a lidar com os sentimentos e ainda contar com as orientações e suporte emocional do psicólogo.

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